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Não se deixe influenciar pelas pessoas;
Mantenha-se sereno e confiante
E sempre, altivamente, siga adiante
Sem ligar aos que dizem simples loas…

Concentre a sua mente em coisas boas,
Supere o que é medíocre, e logo adiante,
Há de ver que ressalta radiante,
A verdade, mais forte que as sermoas!…

Não dê trela ao que, por mediocridade,
Se põe num pedestal de alacridade,
Mas é um equivocado, um infeliz…

Imagina-se como alguém supremo,
Porém no mar da vida vai sem remo,
Incapaz de seguir sua diretriz.

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– Esta fora de moda o romantismo!
Afirma toda a nossa juventude,
E aquilo que levava à angelitude,
Virou apenas sentimentalismo!…

– Isso é do tempo do primitivismo!
Um comentário da decrepitude
Porque o mundo tornou-se falso e rude,
Onde há a prevalência do cinismo…

Já não se faz bater um coração
Acarinhando a mão numa outra mão,
Guardando inconfessáveis mil desejos…

Hoje – de pronto – mal se conhecendo,
Já vão a fundo, ambos, se envolvendo,
Sob os lençóis, na embriaguez dos beijos!

Eu não quero pensar, mas sempre penso
Nas coisas que ainda tenho de enfrentar;
E por mais que eu me empenhe, com bom senso,
Eu penso, mas não saio do lugar.

Nem mesmo na vontade eu sei mandar,
Pois me sinto na vida um indefenso
Que vive no transtorno a rodear,
Sempre preso a um tormento que é imenso.

Dou um passo indo à frente e dois atrás;
Com a cabeça em vulcão não tenho paz,
Não sou dono, sequer, da minha vida…

Estou parado em plena encruzilhada,
Sentindo que em bem pouco haverá nada
Que impeça o malograr da despedida!

A imagem acima é um risco para pintura em óleo sobre tela, de Leonardo da Vinci.
Boletim Informativo "Tribuna Literária"
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