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Uma visão de Eurípedes Barsanulfo

Ia Barsanulfo pelo verde prado,
Quando avistou figura enternecida,
Sobre uma pedra e a pensar na vida,
Tendo tristeza em seu olhar inchado…

Era Jesus! Ao ver que havia chorado,
Sentiu de pronto a mente entristecida,
Aproximou-se, então, da alma querida
E perguntou àquele amigo amado:

– Choras por quem, Senhor, pelos sem fé?
– Por esses não… Eu os respeito até,
Já que ignoram o saber do além…

Choro por quem já tem conhecimento
E no entanto, em nenhum momento
Está disposto a praticar o bem!

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Por Sebastião Ayres de Queiroz 

 

Por própria natureza, é o homem um ser gregário,
Destinado a viver sempre em comunidade.
Premido por carências ou necessidade,
Não sobreviverá se não for solidário.

Mas o morrer será, sempre, um ato solitário,
Que independe do nosso querer e vontade.
Cumprido o destino da temporalidade,
Na solidão se finda nosso itinerário.

Até Cristo Jesus, naquela sexta-feira,
No angustiado transe d’ hora derradeira,
Exclamou: Ó meu Pai por que me abandonaste?

Que na solidão de nossa última agonia,
Não nos prive Jesus de Sua companhia,
E de nosso espírito, Ele jamais se afaste.

João Pesoa-Pb, 24 de junho de 2005.
queirozayres@uol.com.br

 

 

 

Quem planta mal estar no coração alheio,
Mais tarde colherá tudo o que semeou…
Quem só causou tristeza, e mágoas provocou,
Entre o ofendido e Deus se postará no meio.

Por isso é que eu me aflijo e tenho até receio
De ser o causador do mal que alguém passou,
Pois fere-me a consciência quando registrou
O que sofreu o outro em seu frustrado anseio!…

A vida é curta e bela para ser perdida…
Procure compreendê-la e tê-la bem vivida,
Cuidando o quanto possa para que a alegria

Seja-lhe uma constante, um facho de harmonia.
Por isso é que me empenho, e mesmo até me esforço,
Para não ter jamais resquícios de remorso!

Ninguém faz nada de mal
E se livra impunemente,
Porque o mal que a gente faz
Fica guardado na gente
E quem não pagar agora
Pagará lá mais à frente!…

Por isso dou-lhe um conselho
Nunca ofenda uma pessoa,
Nem sinta raiva porque
Isso às vezes a magoa;
E se nós analisarmos,
Pode ser por coisa à-toa!

Depois você se arrepende,
Mas será tarde demais,
O mundo só vai pra frente,
Nunca caminha pra trás
E a consciência vai cobrá-lo
E depois tirar-lhe a paz!

Se conhecesse melhor
A lei de ação e reação,
Saberia que quem fere,
Fere a si mesmo, oh irmão!
Quem agride nunca tem
Sossego no coração.

É dando que se recebe,
Disse Francisco de Assis!
Então veja o que está dando,
Defina sua diretriz,
Porque só não sendo mau
É que o homem é feliz!

É um alerta corriqueiro,
Que para alguns é banal.
Mas quem quiser se arriscar
Esqueça o bem, faça o mal,
Mas não reclame depois
Da sua vida infernal.

Eu não disse novidade,
Nada que o mundo não saiba
E é pena que no homem
A bondade ainda não caiba,
Mas é sempre interessante
Que ele, pelo menos, saiba.

Vou terminando meu verso
Antes que riam de mim,
Porque eu falo coisa séria
Da qual ninguém esta a fim,
Antes que alguém me apelide
“Santo Octávio, o Querubim”!

 

 

 

 

 

 

 

Um dia descobri esta Doutrina,
– Depois de aconselhar-me a própria esposa -,
Uma grande verdade e ninguém ousa
Duvidar que é uma mensagem divina…

Veio como verdade cristalina,
Porque todo o Evangelho ali repousa,
É Jesus que retorna e nela pousa,
Com toda suavidade, e nos ensina!

Mas no mundo, hoje materializado,
Quem quiser ser um evangelizado
Terá de enfrentar muita ingratidão…

Falar sempre de amor e caridade
Será como fugir à realidade,
É como caminhar na contramão!

 

 

 

Quanto amigo eu já tive nesta vida?!
Mas quão poucos os amigos ainda o são?
Há os que simplesmente vêm e vão,
Sem nem mesmo avisar da despedida!…

Há muitos, sei, que até lhes dei guarida,
Afaguei-os com toda a devoção,
Fi-los alvo de amor e de atenção,
Mas só deixaram mágoas na partida…

O que importa, porém, é que eu senti
Os prazeres das horas que vivi
Em sua companhia, mesmo leviana…

Pobre deles que não souberam ver
A pureza de alma do meu ser,
Porque deles eu fiz meu próprio prana!

A imagem acima é um risco para pintura em óleo sobre tela, de Leonardo da Vinci.
Boletim Informativo "Tribuna Literária"
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