Não consigo voar como uma garça,
Flutuando num bailado pelo espaço,
Nem caço como um tigre, dentes de aço,
No doido corre-corre em plena sarça!
Não pretendo enganá-los numa farsa,
Pois só virtudes novas hoje caço,
E mesmo nessas poucas me embaraço,
Enquanto rimo os versos, meu comparsa!…
Mesmo sendo parente de animal,
Como tenho o apelido “racional”,
Procuro me manter de alma serena…
Preciso superar a deficiência
E viver minha vida com coerência,
Para, então, lhes dizer: – valeu a pena!
3 comentários
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domingo, 23 dezembro, 2012 às 10:01 am
Célia Urquiza de Sá
Caúmo. Vc tem razão “tudo vale a pena”, principalmente quando se diz com tanta beleza como só vc sabe fazer. Que Deus lhe dê uma vida longa, bem longa, pois nós precisamos dos seus versos para adoçar os momentos difíceis que a vida nos traz.
domingo, 23 dezembro, 2012 às 10:21 pm
Dornélio B. Meira
Como eu já disse antes, amigo Octávio Caúmo Serrano, no dia em que partires(O que não será tão cedo), todos os que te conheceram dirão certamente: – ESTE VALEU A PENA TER EXISTIDO!
Podes escrever!
segunda-feira, 24 dezembro, 2012 às 9:30 am
Célia Urquiza Meira de Sá
Como sempre, maravilhoso. Faço minhas também as palavras do meu primo Dornélio Meira