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Poema de Vana Caumo – agosto de 2013
Você quer ir viajar,
Mas não sabe aonde vai?
Se quiser ir ao Japão
Diz que sim, responda hai
Quer sair fim de semana?
Aos domingos, ninguém saí,
Quer conhecer uma igreja
Tem que dizer kyoukai
Resolveu sair pro almoço,
Mas não tem pirarucu?
Já que quer ir almoçar,
Diga então chuushoku
Sua mãe foi com você;
Mãe fala-se okaasan.
Se também levou o pai,
Em japonês é otoosan.
Se ficou bem no Japão,
Mas não quer ficar mais lá.
O jeito é dizer adeus:
Diga então sayonará.
Cada vez que aqui regresso,
Porque me mandam ou peço,
Numa nova encarnação,
Sempre encontro gente amiga,
Que me aceita na barriga,
Mas também no coração!
Quantas mães já me abraçaram,
Quantos pais me abençoaram
E se sentiram felizes,
Por me dar o seu abrigo,
Tratando-me como amigo
E indicando as diretrizes.
Este é um moto contínuo,
Entoado igual a um hino
Com flautas de sutileza.
Nesse vaivém entendemos,
Porque após nascer morremos
Pelas leis da natureza.
Seja filho, seja pai,
Desta vida o homem sai
Levando o que realizou…
Eu sou grato a cada alguém
Que me fez homem de bem
E em mim muito amor plantou…
E como a cobra que deixa
A pele velha e, sem queixa,
Cresce sempre um pouco mais,
Assim também nós humanos
Vencemos os desenganos
Para encontrarmos a paz.
VELHICE E VIVACIDADE
AO VARÃO CAÚMO
Quando o idoso é brilhante e inteligente,
Tem cultura com vasta erudição,
Suas nobres funções de cognição
Pouco se desvanecem em sua mente.
Em Octávio Caúmo a gente sente
Por sua literária produção
Que ele escreve buscando a perfeição
No empenho de um trabalho permanente.
Ostenta ele, com o fluir da idade,
Poesia de eximia qualidade
Com as quais mais desvela seus talentos.
No corpo e na alma tem vitalidade
E no âmbito da convivialidade
Dá vazão aos seus nobres sentimentos.
Sebastião Aires de Queiroz
Já posso, por ser hoje muito idoso,
Falhar de vez em quando, sem vergonha;
O que antes era uma coisa medonha,
Já não me deixe agora tão culposo…
Apesar de sentir-me inda orgulhoso,
Embora nada queira com a cegonha,
Também não é assim toda tristonha
Esta vida de velho afortunoso!
Concentro-me, também, noutros valores
Capazes de causar muitos tremores
E me fazer ser boa companhia…
Platonismo e suas manifestações,
Causam também frisson nos corações
E podem dar prazer no dia a dia…
Desperto sempre com bela mensagem
Que vem me desejar um lindo dia,
Cheio de muito sol e de alegria,
Para ser bem feliz minha viagem!
Vem de longe, de distante paragem,
E eu gosto muito desta primazia
De ter tanta ventura, “cara mia”,
Que vem nas asas de uma doce aragem!…
Diária, pontual e persistente,
Garanto não é para toda gente,
Ter tal texto romântico e mavioso…
Sinto até o perfume que ela traz
E, ao chegar, me transmite muita paz,
Que o meu dia já nasce radioso!…
A mis amigos hispánicos
Octávio C Serrano
La culpa no es mía, no es tuya
La culpa es del sol o de la luna,
Que puso en tu semblante un brillo intenso,
Un perfume de luz de sol poniente,
De una lluvia que invade hasta la mente,
Y que deja por el aire olor de incienso.
La culpa es de ese ojo que arrebata
Que hiere mucho más que una chivata
Como punta de lanza en desafío,
Que provoca, en relance, un treme-treme,
Haciendo cualquiera perder el timón
Y sentir, en su alma, escalofrío.
Es culpa de esa boca que se adereza
Que una bala rumía, mientras acecha
Lo que quiere, lo que oye y lo que siente,
Para después hacer demostraciones
Que no tienen sentido, son fulguraciones
Que escapan de esa boca, de repente.
La culpa es de ese porte loco y altivo,
Que expele por los poros abrasivos,
Que hieren al corazón, al allanarlo,
Porque él al saltar dentro del pecho,
Quiere controlarse y ve que no hay hecho,
Ya no domeña más sus intervalos.
Pero la culpa mayor de no haber calma,
No controlar las ansias de mi alma,
Se debe, sí, a una sutil carencia,
Que hace que se pierda hasta el dominio,
Que acaba por llevarnos al exterminio
De los sentidos, por falta de coherencia.