9/6/2010
Sinto exalar de ti doce perfume,
Sem poder definir qual é a essência,
Se é de flor, de uma dália, de uma hortênsia,
De uma rosa ou jasmim; cheira ciúme!…
Desejo confessar a inexperiência,
Porque no assunto não tenho costume,
Embora aqui não vá nenhum queixume,
Confesso, sinto o cheiro até em tua ausência…
Pergunto se seria algum extrato,
Das flores mais miúdas que há no mato,
Ou de um gerânio ou malva, a flor que acalma…
Mas prestando atenção a essa fragrância,
Acalmo o coração, contenho a ânsia,
E sinto que o perfume é da tua alma!
3 comentários
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quarta-feira, 27 agosto, 2014 às 10:50 pm
Dornélio B. Meira
Ótimo soneto, mestre! Eu, no entanto, na minha “doce ignorância”, vou ter que estuda-lo mais calmamente para poder penetrar no seu sentido mais profundo, pois fiquei um pouco “perdido” entre – o título- e o -último verso-.
Alcançar o imo de um poema, nem sempre é tão fácil quanto parece.
quinta-feira, 28 agosto, 2014 às 11:34 am
Octávio Caúmo
Caro Dornélio. Mata no sentido figurado. Mata de desejo porque é inebriante e chega a causar êxtase. Enlouquece! Como na frase: “Esta tua beleza me mata.”
quinta-feira, 28 agosto, 2014 às 10:35 pm
Dornélio B. Meira
Agora o burrinho desempacou, grande Mestre! Mais uma vez…OBRIGADO!!!