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[21:14:16] Silvana  Caúmo: https://www.youtube.com/watch?v=4JxukHvGVzE

Maria Lindalva – 27/12/2014

Maria Lindalva Xavier Amaro
Poetisa que está sempre inspirada,
Declamadora muito apreciada,
Para as rimas tem sempre grande faro!

A todos oferece o seu amparo;
É bastante atenciosa e delicada,
Uma pessoa gentil e preparada,
Ser humano do tipo muito raro!

Eu a conheci na Academia,
No centro, a Paraibana de Poesia,
Onde me recebeu mui cortesmente!

Ainda hoje conservo esta amizade
Das melhores, de excelsa qualidade,
Que, espero, há de durar eternamente!

Parabéns pelo seu aniversário.

 

 

 

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Jesus veio aqui em casa no Natal;
Ele disse: – Jamais sinta tristeza!…
Porque a vida é, na essência, uma beleza,
Para quem faz o bem, releva o mal…

Pediu que eu analisasse o ritual
Em que Ele foi judiado, com bruteza,
Ao ser tão maltratado em sua lhaneza,
Sem ter sequer um erro pessoal!

Lembrou-me o seu exemplo de perdão,
Após ter padecido a ingratidão,
Supliciado com cravos numa cruz…

Seu crime foi mostrar à humanidade,
Que está no amor essa essencialidade
Que faz brilhar em nós toda a sua luz!…

Jornalista Carlos Aranha

Em latim: “Non ducor, duco”. Em português: “Não sou conduzido, conduzo”. Este é o lema presente no brasão oficial de São Paulo, a Sampa tão bem louvada por Caetano Veloso, que foi fundada há 460 anos por doze padres jesuítas, entre eles Manuel da Nóbrega e José de Anchieta. Na manhã de 25 de janeiro de 1554, Manuel da Nóbrega escreveu: “Celebramos em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do apóstolo São Paulo e, por isso, a ele dedicamos nossa casa”.

Sou paraibano. Mas não estou entre os que, no Nordeste, rejeitam São Paulo, principalmente por questões políticas. Enfim, caros amigos, os nordestinos Luís Inácio da Silva e Luiza Erundina somente se projetaram nacionalmente por causa de São Paulo.

Tenho amigos paulistas morando em João Pessoa e outros paraibanos em São Paulo, onde decidiram radicar-se depois que o cotidiano mostrou a cada um o significado prático do “não sou conduzido, conduzo”. A eles, em especial, dedico o registro de hoje neste espaço, citando justamente um trecho de “Sampa”: “Ainda não havia Rita Lee/A tua mais completa tradução/Alguma coisa acontece no meu coração/Que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João”.

Já conhecia São Paulo antes de Caetano compor coisa tão bela, mas foi depois de sua música que chorei de emoção e orgulho pela cidade onde não nasci, ao cruzar a Ipiranga e a Avenida São João. Em outras viagens nunca deixei de passar uma manhã ou uma tarde inteira passeando pela Avenida Paulista, a mais bela e cosmopolita da América do Sul, onde todas as vezes vou ao MASP, como se nele entrasse pela primeira vez. São Paulo é praticamente um museu a céu aberto, com bairros e edifícios de incalculável valor histórico. Isto vale mais do que a cidade ser o principal centro financeiro da América Latina, apesar do “povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas”. Apesar “da força da grana que ergue e destrói coisas belas”, “Vale é que os novos e velhos nordestinos passeiam na tua garoa”. Que os novos e velhos paraibanos “te podem curtir numa boa”.

Como canta o baiano Tom Zé: “ São, São Paulo, meu amor”…

Publicado no Correio da Paraíba de 20/12/2014

Como agradecimento, mandei ao jornalista o email abaixo:

Meu prezado Carlos Aranha.

 

Emocionei-me com sua crônica de hoje no Correio. Nem o mais paulistano da gema diria melhor sobre a minha Sampa.

Nasci na Rua Itapeva, 81 – No Bexiga, bem pertinho do MASP da Paulista, no longínquo ano de 1934. Fui boy por alguns anos, percorrendo cada ruela e cada esquina dessa megalópole que só é odiada por quem não a conhece na intimidade. Ela tem o coração do tamanho do Brasil e acolhe a todos que a buscam por trabalho, por cultura, por lazer. Que falar então do Brahma da esquina da Ipiranga com São João, onde aos sábados me sentava no piano bar para curtir as madrugadas. Um símbolo! Ao lado, o Bar Juca Pato que no meu tempo vivia cheio de artistas de cinema. Hélio Souto, Mario Sérgio e Anselmo Duarte, galãs da Atlântida e Vera Cruz que eram vistos por lá em grandes papos. Estou em João Pessoa há 18 anos (no próximo 21 de janeiro) e já sou cidadão paraibano. Recebi a Medalha Augusto dos Anjos e prefaciei e apresentei cerca de 20 livros de craques paraibanos. Como amo esta terra, fiquei feliz de ler que há alguém que também sabe amar uma terra onde não nasceu. Justiça e sensibilidade.

Obrigado e um grande abraço

 

Octávio Caúmo Serrano

 

Vencer na vida é mais fácil do que vencer a vida.  Ganhar dinheiro é mais fácil que conquistar virtudes. Mas um dia chegaremos lá.

Eu creio que na encarnação presente,
Aprendi sobre um pouco de paciência;
Tenho usado de muita persistência
E espero melhorar daqui pra frente!

Quem age ante a dor sendo paciente,
Consegue superar nesta existência
Todos os desequilíbrios da incoerência,
Por ser esta a virtude mais ausente!…

Se eu não aplico bem todo o meu siso,
Se não mantenho a calma que preciso,
Para então me manter equilibrado,

Serei um ser que a si mesmo destrói,
Nem posso reclamar do que me dói,
Porque sou eu apenas o culpado!

 

Nos dias atuais, defendemos nossas casas com aparelhagem contra a invasão de marginais; colocamos cadeados, alarmes, cercas, câmeras, muros altos, vigilantes armados e ainda fazemos seguros… Protegemos também nossos corpos com a ingestão de vitaminas e receituário alimentar adequado, além de fortalecê-lo com atividades físicas.

Na escolha dos Amigos, buscamos conhecer seus hábitos, posição social, e demais valores do mundo. Mas não temos o mesmo cuidado com a alma. Deixamos que invadam nossa intimidade pensamentos negativos, como ódio, desejos de vingança, inconformação e mágoa por prejuízos sem importância, materiais ou sentimentais. O problema é que eles rebaixam nossa imunidade contra o sofrimento, porque abrem portas mentais por onde penetrem no nosso coração e na nossa mente ideias tão negativas e nocivas como os nossos sentimentos inferiores.

Se não dermos tais facilidades, os possíveis inimigos não conseguirão minar nosso entusiasmo nem desanimar-nos contra as dificuldades do mundo que, afinal, bate à porta de todos nós. Ninguém tem imunidade contra o sofrimento. A diferença é como sofremos e se fazemos de uma dificuldade natural um grande problema. A medicina já disse que não há doenças, mas doentes; assim, não há problemas invencíveis, mas humanos enfraquecidos que não conseguem lutar.

Que é a depressão senão a bola de neve que gira em nossa mente, repetindo interminavelmente que somos infelizes? Quem tem pena de si próprio já é um derrotado. A vida gosta dos fortes porque os fracos caem por si mesmos. Ninguém pense que isto é filosofia, mas um alerta para que enfrentemos as intempéries da vida, sem reclamar e sem supervalorizá-las, para que elas não destruam nossos bons sentimentos. Elas têm o tamanho que lhes damos.

Os que já conhecem sobre a reencarnação, sabem que não pagamos dividas alheias. As dificuldades são provas para testar nossa fé e servem como expiação para sanarmos nossos antigos erros que causaram danos a outras pessoas. Deus não comete injustiça. O sofrimento, mais que dor, é alerta e oportunidade para crescimento espiritual. Nossas queixas ocupam espaços da nossa mente que deveriam estar livres para abrigar lições saudáveis e úteis. Treinando, com base na fé raciocinada, venceremos esse estado infeliz que caracteriza a maioria das pessoas no final desta era.

Vençamos a vida e não só vençamos na vida; é esta nossa maior tarefa. Autodomínio, pés no chão e mente no futuro para seguir na direção da ventura! A felicidade, se quisermos, pode ser deste mundo! A alegria nos cura e a cólera nos enferma. E, além disso, é aqui e agora que se prepara a felicidade duradoura, com base na Lei de Deus! Mãos à obra, porque o tempo está acabando!

Jornalista e poeta

Publicado no Correio da Paraíba de 17 de dezembro de 2014.

 

A imagem acima é um risco para pintura em óleo sobre tela, de Leonardo da Vinci.
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