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Que bom ter um amigo sempre perto,
Que ajuda e nunca faz indagação!…
Simplesmente oferece a sua mão
E chega sempre no momento certo!
Não é aquele sujeito meio incerto
Que faz só para ter retribuição;
Para nos dar amor, quer seu quinhão
E, às vezes, se demonstra meio esperto!
Não quero aquele amigo que só presta
Para estar junto a mim em dia de festa,
Quando tudo está bem, só há alegria.
Quero o amigo que seja mais presente
Quando eu não estou bem, estou doente,
Ou vivendo momentos de agonia!
Hoje, eu completei oitenta e seis anos -.
Seis de junho, assinala calendário -,
E, nessa jornada de octogenário,
Temerário, ainda faço planos.
Tentarei esquecer os desenganos
E as frustrações do longo itinerário,
Que n’alma me marcaram graves danos,
Bem muito além do meu imaginário.
Faz tempo que se foi a juventude,
E hoje enfrento os percalços da velhice,
Cultivando, do espírito, a saúde.
Mas, todo dia, renovo atitudes,
Que previnam, da idade, a rabugice,
E, da mente, as cruéis decrepitudes.
Sebastião Aires de Queiroz.
06.06.2016
Junho de 2016.