Que o meu orgulho torne-se humildade;
Podendo ser o mais, que eu seja o menos;
Que morra, em mim, a estúpida vaidade
E que eu seja o menor entre os pequenos.
E que eu pratique o bem, – fuja à maldade
E não atenda mais aos seus acenos;
Que se transforme em rosas de bondade
O que eram em mim espinhos e venenos.
Que a minha mão as dores alivie,
Que aos mais humildes eu não cause inveja,
E, se luz eu tiver, que aos outros guie…
Mãe, que eu veja nos pobres meus iguais,
E, se orgulho eu tiver. que o orgulho seja
De ser o mais humilde dos mortais.
7 comentários
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quinta-feira, 6 setembro, 2012 às 9:01 am
Alberico Queiroga De s junior Junior
Magnfico poema, anseio e busco, hoje,incanssavelmente o que expressa a mensagem. jr.
quinta-feira, 6 setembro, 2012 às 12:26 pm
Fernando G. Prati de Aguiar
Embora muito longe de ser capaz de seguir as palavras do poema, nelas construo os meus parâmetros para um dia, quando tiver a alma mais elevada, balizar-me neles e seguir adiante aliviado.
quinta-feira, 6 setembro, 2012 às 10:05 pm
Dornélio B. Meira
Este Djalma Andrade é um poeta como antigamente :DOS ÓTIMOS!
Eu penso da mesma maneira que êle expressa no soneto, no entanto, na prática eu estou a muitas léguas de distância. Mas se Deus permitir, UM DIA EU CHEGO LÁ!
Parabens p. o poeta e para o WordPress.com.
LUZ E PAZ!
quarta-feira, 19 setembro, 2012 às 11:16 am
Patrícia
Apesar de humildade de coração parecer uma quimera, é válido lembrar que todos nós temos potencialidade para a luz e que, pela lei do determinismo, iremos evoluir de qualquer forma. O que nos cabe é acelerar este processo aproveitando ao máximo as chances que esta encarnação nos oferece cotidianamente. Sem desânimo ou comparações injustas, vamos seguindo nosso caminho. Um abraço a todos vocês.
sexta-feira, 14 dezembro, 2012 às 7:40 pm
pedro dias do nascimento
Caro Poeta, este soneto é uma obra prima! Já está fazendo parte da minha coleção. Um abraço fraterno! pdn-Pb.
sexta-feira, 14 dezembro, 2012 às 8:06 pm
Octávio Caúmo
Pedro, tens razão. É bonito demais. Penso que só perde para o Ato de Caridade, do mesmo autor.
Octávio Caúmo Serrano
segunda-feira, 24 dezembro, 2012 às 10:29 am
pedro dias do nascimento
É verdade Caumo! Não consegui encontrá-lo aqui, mas num outro blog.