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Há quem diga que Jesus nasceu
Diferente do que o homem nasce;
O que importa é como ele viveu
E na vida a todos perdoasse.

Outros dizem que o corpo era fluídico,
Um agênere espiritual,
E, portanto, o castigo fatídico
Não doeu como dói no normal.

Se seu corpo não era de carne,
Não sentiu o martírio da cruz,
Uma burla então foi seu reencarne,
E uma farsa o Divino Jesus!

Há quem fale sobre a sua idade,
Que ao morrer Ele era mais velho,
Mas a mim interessa, em verdade,
Estudar e viver o Evangelho.

Dizem outros que quando Ele veio,
Era março, não era Natal,
Mas que importa! Causa-me receio
Que eu venha a fazer algum mal.

Do sepulcro o seu corpo roubaram
Ou voltou ao campo da energia?
Um fantasma foi o que encontraram,
Como assim relatou-nos Maria?

O martírio sofrido na cruz,
Foi menor que ver a multidão,
Apupar o querido Jesus
Exigindo a crucificação!

Por direito Ele tinha morada,
Nas esferas dos mundos Sagrados,
A estação que já está reservada,
Aos Espíritos purificados.

O que mais O entristece, porém,
Foi descer até a esfera terrestre,
Para, aqui, ensinar-nos o bem
E o seu povo trair o seu Mestre!

Na Palestina, houve no tempo de Jesus
Um instrumento de madeiras amarradas,
Onde as pessoas ali eram humilhadas,
Postas pregadas, no formato de uma cruz!

Todas aquelas que ao perdão não faziam jus,
Por estar entre as mais desclassificadas,
Se condenavam a morrer crucificadas,
Vendo extinguir-se, pouco a pouco, a sua luz…

Mas o instrumento que era ignominioso,
Se transformou, depois, num símbolo glorioso,
Quando ocupado por Jesus de Nazaré…

E a cruz, outrora, infamante e odienta,
Já não humilha, hoje é o que nos sustenta,
Porque é a pilastra que mantém o homem de pé!

Muitos dizem que o Cristo vai voltar
E há quem diga que o Cristo já voltou…
Eu prefiro, porém, considerar
Que Jesus nunca nos abandonou!

Quem ao seu Evangelho se doou,
Vê que nada faltou Ele ensinar
E se o homem em tão pouco acreditou,
De que adianta Ele agora retornar!

Iremos destratá-Lo mais ainda
Do que fizemos na primeira vinda,
Cheios de ingratidão e de maldade!

Deixemos que, do Alto, o bom Jesus,
Espalhe sobre a Terra a grande luz,
Até, enfim, enxergarmos a Verdade.

Nossa cultura é de vida
O nosso maior suporte,
Nós não gostamos de azar,
Todo mundo quer ter sorte,
Por isso tememos tanto
Essa tal chamada morte!

Caro Amigo me desculpe,
Mas agora lhe pergunto,
Por que é que nós temos tanto
Medo de virar defunto?
Afinal, o que é que vai
Para a cova, de pé junto?

Um dia me perguntei:
Se a morte foi inventada,
Quem um dia decretou
Que ela estaria criada,
Contemplando todo mundo,
Do milionário à empregada?

Quem teria esse mau gosto
De inventar tal coisa assim,
Que vai chegar pra você,
Mas também chegar pra mim
E pensando eu conclui,
Não deve ser tão ruim.

Afinal se essa tal morte
Teve um dia um inventor,
Como ela é igual para todos,
Deve ser do Criador,
Porque ela não poupou,
Nem Jesus, Nosso Senhor!

A morte é invenção de Deus,
E Ele não faz maldade,
Portanto, só pode ser
Parte da felicidade,
Que nos está reservada
No mundo da eternidade!

Quem quiser mesmo temer
Algo, tema pela vida,
Não ofenda o semelhante
Que Deus lhe dará guarida
E para você a morte
Será suave despedida.

É simples volta pra casa,
Porque o mundo da verdade,
Não é este da matéria,
É o da espiritualidade,
Este aqui é provisório,
De exercício de bondade!

Não tenha medo da morte
Se você é homem direito,
Pois só devemos temer
O que fizermos mal feito,
Ofendendo o semelhante,
Sem tratá-lo com respeito.

A morte tem a beleza
Igual a que a vida tem
E sempre há de ser um prêmio
Para o que é homem de bem,
Que é um ditoso na Terra
E o será bem mais no Além!

Lembremos neste instante a advertência de Emmanuel a Chico Xavier quando este estava assustado com o balanço do avião. “Já que você tem de morrer, morra com educação,”

Eu estava acomodado,
Numa nuvem relaxado,
Quando vieram me chamar:
-Vim buscar você agora,
Porque, enfim, chegou a hora
De ir à Terra; reencarnar!

– Eu cheguei faz pouco tempo,
Tentei em contra argumento,
Da última encarnação…
– Queria ficar mais um pouco,
Senão vou acabar louco,
Outra vez na confusão!

– Cheguei há apenas dois anos
E ainda tenho muitos planos
Do que fazer cá no astral;
Tentei a argumentação,
Mas não houve solução;
Cumpriu-se a lei natural.

Tinha de regressar logo,
Pois se fico aqui me afogo
Envolto em minhas mazelas.
Se voltar para um resgate,
Apesar de que me abate,
Posso ficar livre delas.

Essa é a justiça Divina:
A verdade e a disciplina
Acima das conveniências…
Ali, apesar do carinho,
Não há o tal do jeitinho
Que só corrompe as consciências!

Curvei-me à vontade deles,
Principalmente à daqueles
Que só desejam o meu bem;
E se voltar é o caminho,
Sei que não virei sozinho,
Pois outros virão também!

Aqui na esfera da Terra,
Que tanta maldade encerra,
Temos a escola da vida;
Só basta que a inteligência
Nos dê muita competência
Para tê-la bem vivida.

Se tudo sair direito,
E tiver só bom proveito
Eu posso me encher de amor;
Muito mais que em outras vezes,
E assim não terei reveses,
No encontro com o Criador!

-Quantas vezes, eu pergunto,
Teremos de viver juntos
Para sanar os fracassos?
Resposta, até que Jesus,
Que nos oferece a luz,
Possa ter-nos nos seus braços?

Mas graças ao Espiritismo,
Sinto que o meu egoísmo
Está cada vez menor,
E me fará merecer
Um dia poder viver
Feliz no Mundo Maior!

De manhã, quando abro os olhos,
Eu louvo Deus e agradeço,
Porque vejo na criança
Ou na flor que eu reconheço,
O Grande poder divino
Que tem no Céu o endereço.

A claridade da luz
Não há dinheiro que pague,
Porque ter o olhar escuro
É triste pra quem o amargue,
Só sabe o que estou dizendo
Quem na penumbra divague…

Embora sem ser castigo,
Porque Deus não faz maldade,
Confesso que é triste ver
Alguém com dificuldade,
Fazendo de uma bengala
Seus olhos pela cidade.

Depois deste breve tempo,
No mundo espiritual,
Terá de novo a visão,
Tudo volta a ser normal
E será outra vez alegre
Sob o amparo paternal.

Só me pergunto por que
Isso às vezes acontece,
Pois dá a impressão que ninguém
Este problema merece,
Mas se o Pai é justo e bom
Deve ser uma benesse.

Este mundo material
É um lugar provisório
Onde às vezes nós sofremos
Os resgates compulsórios
Por vivências do passado,
De episódios aleatórios.

Ficar sem ver por uns tempos,
Para educar a visão,
Pode ser muito importante
No campo da evolução;
Não se entende de outro jeito
A não ser que é compaixão.

A imagem acima é um risco para pintura em óleo sobre tela, de Leonardo da Vinci.
Boletim Informativo "Tribuna Literária"
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